ORIGEM DA FAMILÍA LOUZADA



Lousada é uma vila portuguesa no Distrito do Porto, região Norte e sub-região do Tâmega, com 9356 habitantes.
É sede de um município com 95,98 km² de área e 47 387 habitantes (2011), subdividido em 25 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Vizela, a nordeste por Felgueiras, a leste por Amarante, a sul por Penafiel, a sudoeste por Paredes e a oeste por Paços de Ferreira e Santo Tirso. As freguesias sede do concelho são Silvares, Cristelos e Boim.1
No contexto de políticas sub-regionais de desenvolvimento e de mobilidade, é membro da Comunidade Urbana (ComUrb) do Vale do Sousa, constituída por 6 municípios, que no seu total contabilizam cerca de 327 800 habitantes.2
O concelho de Lousada é um município fortemente industrializado, de modo particular na indústria têxtil. No entanto, tal facto não impede de possuir ainda um cariz profundamente agrícola, sobretudo no domínio dos vinhos verdes e lacticínios, com a existência de várias empresas agro-indústriais bastante desenvolvidas tecnologicamente.
Apesar da pequena dimensão, Lousada caracteriza-se pela forte aposta em modalidades desportivas alternativas quando comparadas com o panorama nacional. Lousada centra-se em modalidades como o automobilismo ou a longa tradição no hóquei em campo, modalidade que mais títulos trouxe a este concelho. Destaca-se também o relevo que a construção do Complexo Desportivo de Lousada veio trazer à pratica desportiva, graças às excelentes infra estruturas que possui, sendo recorrentemente utilizadas para a prática do Futebol, Hóquei em Campo, Rugby, Ténis e sede de numerosos estágios e torneios internacionais em diferentes modalidades.



FAMILIA LOUZADA EM PORTUGAL
RAIS JUDAÍCA






Por Ieda Louzada de Magalhães



Vieram na época, em 1870, 2 embarcações de Portugal e aportaram em Rio Grande. Entre os vários imigrantes que vieram para fazer vida no Brasil, veio Antônio Ferreira, que se dirigiu para Pelotas com ideias fixas de instalar uma fábrica de sabão. Também, importava vinho e azeite e revendia. Estabelecido, voltou a Portugal e buscou Matilde Rosa, sua prometida, para casar. Neste tempo, surgiu uma outra pessoa com o mesmo nome Antônio Ferreira e, meu avô, para acabar com as confusões que surgiram em entregas de mercadorias, contas e pagamentos, em acordo com este outro Antônio, resolveu acrescentar “de Louzadas” ao seu nome – Louzadas era um lugarejo de sua origem em Portugal.

Com Matilde, teve 10 filhos (Antônio, Matilde, Pedro, João, Laura, Olímpio, Joaquim, Lourival, Albertina e Conceição). Seus negócios cresceram, com os rendimentos comprou muitos terrenos na zona da Luz. Ele foi chamado, na época, de “O dono da Luz”. Mais tarde, cedeu terrenos para a construção da Igreja da Luz, doando fundos também para a construção da mesma. Importou uma imagem de Nossa Senhora de Portugal e uma coroa de pedras preciosas para adornar esta imagem, doando-a para a Igreja. Após uns 20 anos esta coroa foi roubada e nunca foi encontrada, mas a nota ainda se encontra na família.
Com 60 anos, Antônio ficou viúvo, mantinha uma aparência jovial, com uma barba bem cuidada e andava sempre com o chapéu embaixo do braço. Nesta época, soube que uma prima de sua esposa havia ficado viúva em Portugal e teve a ideia de ir buscá-la para constituírem uma nova família. Chegando lá, se encantou por uma das filhas da viúva, Joaquina, que estava com 15 anos de idade e aceitou vir para o Brasil com ele como sua esposa. Chegando ao Brasil, assumiu os 10 filhos de seu marido, todos mais velhos do que ela. Foi muito carinhosa com todos, demonstrando amizade e cumplicidade com os enteados. Contam que em uma das primeiras refeições que fizeram todos juntos, um dos filhos disse que iria chamá-la de prima e o pai, acreditando ser isso um desrespeito, bateu severamente na mesa virando sopa de alguns pratos. Na geração seguinte, foi conhecida por “Vó Prima”.

Antônio, em uma de suas atividades, realizou um pomar no quintal de sua casa plantando morangos. Deste pomar, deixou uma lição que perpetua por seus descendentes. Quando o primeiro morango nasceu, ele dividiu em 14 pedaços, dando uma lasca para cada filho, mostrando igualdade e amor sem distinção. Era uma pessoa muito dinâmica, ativa, quando via os filhos parados, dizia: “Não têm o quê fazer? Desmanchem e casa e tornem a erguer!” Com Joaquina teve mais 4 filhos (Ondina, Maria, Lília e Waldemar). Eles eram muito católicos. Uma das filhas Albertina Louzada Lund (Beta) trabalhou pelos pobres de Santo Antônio mais de 30 anos, angariando e confeccionando produtos para doação. Com a passagem de Tia Beta para outro plano, por ser muito católica e dedicada aos feitos religiosos, foi velada na Catedral São Francisco de Paula. Um fato curioso é que seu gato atravessou a praça, pois esta morava na esquina da catedral, ficando embaixo de seu caixão durante toda cerimônia fúnebre. Sua obra continua até hoje pela dedicação de uma de suas filhas – Tereza Lund Ferreira.
Uma das netas de Antônio Ferreira Louzada, Clotilde, filha de Antônio, foi a Portugal procurar mais parentes – Louzada – ficou desiludida por não encontrar ninguém, mas indagando com pessoas que conheciam Antônio Ferreira, descobriu que Louzadas foi um nome adotado, como relato anterior, que perdeu o “s” com o passar dos anos e foi mantido como sobrenome de seus descendentes. Fato curioso: Antônio, pai de Clotilde, criou uma sobrinha por parte de sua esposa, chamada Maria, com o nome Motta acrescido pelo casamento, avó do atual prefeito Adolfo Fetter Jr. da cidade de Pelotas.

Em 28 de setembro de 1926, Antônio Ferreira Louzada faleceu. A família pediu para a Igreja da Luz tocar os sinos, e teve seu pedido negado, deixando a todos uma profunda decepção. Antônio deixou muitos descendentes, profissionais conceituados, muitos dentistas, médicos, professores, advogados, psicólogos, administradores, agrônomos, artistas, escritores, poetas, músicos e até cientistas. O espírito religioso permanece no seio familiar, embora muitos em linha kardecista, mas continuando com testemunhos de fé, doação e amor.

Eu, Ieda Louzada de Magalhães, filha de Lourival, sou um dos descendentes mais próximos do vô Antônio presente na vida terrena, por isso, sinto-me à vontade em registrar estas lembranças que fortificaram minha existência e minha maneira de ser.





Comentários

  1. Gostei da história,parece que os Ferreiras e os Louzadas andavam próximos,eu sou um Ferreira e minha ex-esposa é uma Louzada,pena que nosso casamento não deu certo

    ResponderExcluir
  2. Boa noite. Também sou descendente de um Louzada que desembarcou em Rio Grande.

    ResponderExcluir
  3. Sou uma Louzada,gostaria de saber mais história

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

ALMÍSCAR - Animal, vegetal e artificial

A CASA FEITA DE SONHOS