segunda-feira, 27 de abril de 2020

Amores tóxicos.

Amores Tóxicos
Li este texto e pude constatar que muitos relacionamentos são assim, doentios e coloca em cheque uma vida que poderia ser diferente caso a atitude fosse outra.
A DEPENDÊNCIA DE FRIDA

'Frida Kahlo era uma artista genial, mas infelizmente tinha sérios problemas de saúde que limitaram sua vida.

Casou aos 22 anos com Diego Rivera que tinha 43 anos na época.

Foi perdidamente apaixonada por Diego que a traiu infinitas vezes inclusive com sua própria irmã (com quem teve 6 filhos), mas ela voltava sempre para ele, porque o queria “mais do que a própria pele".

Ela foi deixada sozinha em meio a abortos, trocada por outras por horas, até dias, meses, anos.

E foi ele, Diego Rivera quem pediu o divórcio. 

Frida produz dezenas de pinturas após o divórcio, mas não consegue vendê-las.

Cai em depressão e no álcool.

- "Diego me fez sofrer tanto que não pude perdoá-lo facilmente, mas ainda o amo, mais do que a minha vida, e ele sabe disso, e por isso age assim", confessa Frida à atriz Dolores del Río em uma carta.

Frida Kahlo se calava diante das atitudes maléficas do marido.

Sua única expressão era a angústia profunda e o sofrimento vivido nessa conturbada vida conjugal em meio a uma série de doenças, acidentes, lesões e operações que sofreu ao longo da vida.

Tudo devidamente esboçados em sua arte pintada, escrita e vivida....

Está tudo lá! 

Frida era extremamente dependente e submissa a um homem que nunca a respeitou.

Ela dependia emocionalmente dele.

Diego Rivera: um homem feio, horroroso (tanto externamente como internamente), mal caráter, machista e extremamente abusivo!

Um verdadeiro monstro!

Frida é o exemplo de dor e sofrimento que nenhuma mulher merece.

Nunca julgue uma mulher por viver em um relacionamento abusivo!

Frida Kahlo morreu devido uma forte pneumonia, aos 47 anos, no dia 13 de julho de 1954, sozinha, na Casa Azul.

Em sua última descrição em sua agenda, ela desabafa: - "Espero que minha partida seja feliz, e espero nunca mais regressar - Frida", a frase sugere suicídio pelos medicamentos, mas ao ser periciado, houve a constatação de embolia pulmonar.

Diego reconhece os tormentos de Frida em um relato a March, e ensaia um "mea culpa":

- “Tarde demais, percebi que a parte mais maravilhosa da minha vida tinha sido meu amor por Frida, embora realmente não pudesse dizer que, se tivesse outra oportunidade, eu me comportaria com ela de maneira diferente. Todo homem é um produto da atmosfera social em que cresce e eu sou quem sou. Não tive nunca moral alguma e vivi apenas para o prazer, onde quer que o encontrasse [...] Se amava uma mulher, quanto mais a amava, mais desejava magoá-la. Frida foi apenas a vítima mais óbvia desta desagradável característica da minha personalidade.”
NOTA:  Busquei o autor deste texto e pude concluir que trata-se de uma adaptação, com parágrafos de diversos artigos sobre Frida Kahlo. Apesar de ser um símbolo da luta feminista por vários aspectos de sua personalidade, é importante fixar que o modelo de amor adotado por Frida é doentio, submete a mulher a todo tipo de violência e não deve ser romantizado ou copiado.

Lucy Rocha

terça-feira, 21 de abril de 2020

Tudo pode
Se quiser será
Sonhos sempre vem
Pra quem sonhar.
Eu tenho fé e agredido em suas promessas.
Desejo a saúde, a força e o pensamento positivo nestes momentos de angústia e incertezas no que já está acontecendo e no que há de vir.



GRATIDÃO

Gratidão Senhor.
Eu te agradeço, por mim, por minha família, em especial por minha filha que me abraça e me acolhe em todos os momentos.

Obrigada Senhor!
.

REMÉDIO PARA A CURA

Que a cura para todos os males seja encontrada.
Que possamos respirar ar puro da atmosfera sem temor.
Que possamos saborear esta vida com libertador e fraternidade.
O sal da terra venha nos cobrir de vigor.
Meus desejos,
Meus anseios
Bom dia!!


A imagem pode conter: planta, flor, árvore, atividades ao ar livre e natureza

Se temos que ficar na espera de uma solução, quando o mundo todo se reveste em atacar ao próximo, que neste caminho solitário seja de pura reflexão do voltar -se para dentro e concluir que sozinhos não somos nada

sexta-feira, 17 de abril de 2020

Para que serve um velho.

*Para que Serve um Velho?*
Por Lélia Almeida.

Para que serve um velho? Para muitas pessoas um velho não tem serventia nenhuma e tem mais é que morrer. Assim estão as pessoas nestes tempos estranhos.
 Passei um carnaval na casa do meu pai, lá fora, a casa que hoje não existe mais.  Onde tinha um jardim, um pátio com árvores frutíferas e uma piscina. Meu pai estava aguando as plantas, vestia uma bermuda, um chapéu de cangaceiro que trouxe de uma viagem ao nordeste e vestia botas de plástico. Tiramos selfies fazendo caretas e rindo, porque ele estava muito engraçado. Depois entramos na piscina, ele com a boia preta grande, ele que nunca foi muito da água e depois nos sentamos pra tomar sol. Ele ia pra praia na semana seguinte e disse que precisava tomar um pouco de sol pra não chegar lá e levar um torrão. Naquele verão os caquis-chocolate caiam do pé ainda muito verdes, desabavam um atrás do outro, uma chuva insólita de caquis-chocolate. Esperávamos que caísse uma quantidade suficiente no chão, os juntávamos em baldes e jogávamos num terreno baldio. Fizemos isso várias vezes e entre uma ida e vinda deitávamos nas cadeiras de praia e conversávamos. 
As conversas com o meu pai sempre foram assim, nos últimos tempos, erráticas, sem pauta, com muitas lembranças e risadas. Tínhamos um jogo de lembrar os nomes das pessoas de outros tempos, do sobrenome e das ruas onde elas moravam. Era uma espécie de jogo da memória, e assim remontávamos árvores genealógicas inteiras de famílias que nem existiam mais, ruas e casas que também não existiam mais, e que não interessavam a mais ninguém. Histórias bobas que eram o tecido das nossas vidas. Recriávamos juntos um tempo e uma cidade que só fazia sentido na nossa memória afetiva. Causos engraçados, histórias de grandes mentirosos, de amores traídos, de tragédias, desastres, de como a cidade foi mudando e as pessoas morrendo. Quando ele fez 80 anos ajudei-o a fazer a lista de convidados e ele me dizia, sabe o fulano? Morreu! E nunca vou esquecer da voz dele dizendo que estavam chamando a turma dele. 
Numa das conversas entre um caqui e outro perguntei a ele o que ele achava que tinha sido tão revolucionário e transformador na vida dele que pudesse ser comparado a toda esta tecnologia da internet e tudo o que temos hoje. Ele disse que muitas coisas, mas que era o evento da pílula anticoncepcional, e o tanto que isto tinha mudado a vida das pessoas. Lembrou da mãe dele, a Vó Zizi, jovem viúva, carregando cinco meninos sozinha e depois de como tudo isto mudou na vida das mulheres.
As conversas com o meu pai sempre me deram uma perspectiva de tempo e de história, de onde estou, de onde vim. E para onde vou, nesta outra etapa da vida que vejo ele percorrer com bom humor e muita esperteza. E de que os tempos sempre foram difíceis para as pessoas, de que muita coisa que ele via agora na política tinha visto sempre, que nada era muito novo, na verdade. De que a gente tem capacidades imensas de aguentar perdas, dores e as dificuldades e que siempre que llovió, paró, que vai passar. E que é por isto que a gente também tem que agradecer e apreciar quando a vida é boa. 
Fomos ficando velhos e mais lentos os dois, o sol já estava baixando e resolvemos guardar as cadeiras e entrar pra começar os preparativos pra janta. Eu estava me recuperando de uma cirurgia no pé, ele tinha 84 anos, firmei bem os pés no chão, segurei nos dois antebraços dele para que ele levantasse num impulso, ele conseguiu e nos abraçamos rindo, Pensei que não ia dar certo, mas deu!
Continuamos onde sempre estivemos. Ele vai na frente, diz que a velhice é uma merda, mas é muito orgulhoso da sua memória, me conta escalações inteiras do times de basquete da época dele. Minha irmã fez um álbum com as fotos dele dos tempos de atleta. Ele adorou o álbum e me disse, quando eu morrer ninguém vai saber quem são estas pessoas, não interessa a ninguém mais. Não havia nem mágoa, nem ressentimento, nem saudade na voz dele. Era uma constatação. 
Meu pai vai na frente, eu vou atrás, como sempre fizemos, ele abre a clareira e ilumina o caminho, me diz quando dá pra caminhar mais rápido, quando é preciso parar e respirar e descansar, meu pai leva a lanterna, a força do espírito, vai na frente, vai contando do tempo e da idade, vai contando do corpo e do que tem que ser deixado pra trás. Meu pai vai na frente, e sabe de coisas que só nós dois conhecemos, desta vida que tecemos juntos e que é a nossa história possível. Eu confio na vida quando o meu pai está perto e não temo a morte quando vejo ele velho, indo para o final.
Nos telefonamos agora, na quarentena, e cada vez que ouço a voz dele tenho que respirar muito fundo pra que ele não perceba que voltei a ser menina e que estou chorando. Depois de acomodar todos os meus medos de não vê-lo outra vez, retomo a respiração e voltamos a ser bobos e falantes. Ele me disse, minha gordinha, o que a gente está vivendo nunca foi vivido antes, mas vamos viver né, porque vamos ver coisas que nem sabíamos que podiam existir. Ele perguntou como eu estava e eu disse que estava assustada, ele disse que então podíamos ficar assustados juntos.
Meu pai vai na frente, depois de ter pavimentado o caminho da minha infância e da minha vida toda.
Eu não sei para que serve um velho. Mas ele, o meu pai, serve pra me lembrar que a vida é imensa, que as raízes são fortes, e que o mundo não é pra amadores. Que, talvez, um velho não sirva pra nada mesmo. Mas que não estaríamos aqui sem ele e que vamos ser os velhos dos netos dele e que esta é a graça de tudo. 
E que no fundo não sei se vale a pena um mundo onde as pessoas sejam capazes de se perguntar para que serve um velho.

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